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Blefarite

A blefarite é uma inflamação que afeta os olhos, causando coceira e vermelhidão. As margens das pálpebras são as mais afetadas pela doença, formando uma espécie de crosta no local que, não causa danos a visão quando tratada logo no início.

Em geral, a blefarite afeta a parte posterior da pálpebra, a anterior ou ambas. Se apresentando de forma crônica, quando se trata da blefarite seborreica, ou aguda, ao ser provocada por uma infecção bacteriana ou viral, caso da blefarite ulcerativa.

A equipe da Americas Oftalmocenter preparou esse artigo especialmente para esclarecer o que é a doença para que você consiga identificar os sintomas logo de início e procurar o atendimento especializado. Evitando, inclusive, a adoção de medidas que podem pôr em risco sua saúde ocular.

Continue a leitura para saber os sintomas, o melhor tratamento para a doença e sanar as principais dúvidas sobre o que causa a blefarite.

A blefarite é um tipo de inflamação que afeta as pálpebras, provocando irritação nos olhos, que ficam avermelhados e com coceira. Trata-se de um processo crônico, na maior parte dos casos, e não contagioso, que pode surgir em qualquer fase da vida, sem causar danos a visão e aos olhos, desde que tratada logo no início.

A inflamação atinge sempre as margens da pálpebra, seja a anterior, a posterior ou ambas. Onde, basicamente, o crescimento desordenado das bactérias que vivem nos cílios, cria uma camada de matéria orgânica (o biofilme), que alimenta essa população, gerando mais alimento, e assim sucessivamente.

A blefarite decorre de um conjunto de fatores, que vão desde a predisposição individual, a alteração da flora bacteriana e processos inflamatórios da pele como seborreia, acne, rosácea e dermatite atópica. Porém, a causa exata é desconhecida.

Blefarite posterior

A disfunção da glândula de Meibomius mostra-se como a principal causa da blefarite posterior, que ocorre na parte interna da pálpebra. Essa alteração provoca mudanças na composição do lipídio (gordura) secretado pela glândula, aumentando a oleosidade na região. Que, por sua vez, desestabiliza o filme lacrimal, com efeitos tóxicos na superfície ocular. Além de promover o crescimento bacteriano.

Enquanto tipo mais comum de blefarite, a longo prazo a inflamação causa disfunção crônica da glândula e fibrose, com danos à pálpebra e a superfície ocular. Esse tipo de disfunção, também tem se mostrado como a principal responsável pelo desenvolvimento de um tipo de câncer de pálpebra raro, o carcinoma sebáceo.

Blefarite anterior

Na blefarite anterior a inflamação acontece na base dos cílios, acometendo mais os jovens e pessoas do sexo feminino. Trata-se de um tipo menos comum que a posterior e pode ser causada pela presença de bactérias do gênero Staphylococcus, que criam escamas e crostas ao redor dos cílios.

Ou, o chamado tipo seborreico, decorrente de alterações na pele, que surgem como caspas e escamas oleosas, preenchendo o contorno das pálpebras.

Blefarite crônica

A blefarite crônica ocorre tanto por conta da seborreia, a blefarite seborreica, ou por uma disfunção na glândula meibomiana. Ou seja, a inflamação não é infecciosa e sua causa é desconhecida. Sendo o olho seco, uma das características em comum entre os pacientes.

Blefarite aguda

Já a blefarite aguda é causada por uma infecção bacteriana ou viral, provocando úlceras ou não. A inflamação se estende da margem da pálpebra até os cílios, envolvendo a pestana e as glândulas meibomianas. Normalmente, a blefarite bacteriana forma crostas na região, enquanto a viral produz uma clara secreção serosa.

Além da blefarite infecciosa, a doença também pode surgir como uma reação alérgica a cosméticos, maquiagem, entre outros, que provoca a inflamação na área. Nesse caso, é chamada de blefarite alérgica.

Identificar o que provoca a doença é essencial para definir o tipo de blefarite e o tratamento adequado.

Ainda que a causa exata da blefarite seja desconhecida, múltiplos fatores são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas, entre eles estão:

  • Excesso de gordura na pálpebra, causado por uma disfunção na glândula de Meibomius;
  • Infecção bacteriana ou viral;
  • Alergias;
  • Medicamentos para tratamento de acnes;
  • Piolho de cílios;
  • Rosácea, uma inflamação crônica da pele.

A blefarite é responsável por gerar diversos sintomas que são facilmente confundidos com os de outras doenças que afetam os olhos.

Os principais sintomas de blefarite são:

  • Vermelhidão dos olhos e pálpebras;
  • Sensação de areia e/ou de que há algo no interior das pálpebras;
  • Coceira e ardência;
  • Irritação nos olhos;
  • Lacrimação constante;
  • Inflamação nas pálpebras;
  • Cílios grudados uns aos outros;
  • Crostas ou caspas nos cílios;
  • Queda constante de cílios;
  • Sensibilidade à luz;
  • Visão turva que melhora ao piscar.

Por isso, ao identificar qualquer um dos sinais listados, procure um oftalmologista para o correto diagnóstico de blefarite.

O diagnóstico de blefarite é conduzido pelo oftalmologista e se baseia nos sintomas, como vermelhidão e irritação, e no aspecto geral da pálpebra, presença de escamas ou crostas nos cílios e margens. Um exame mais detalhado das glândulas meibomianas exige o teste com lâmpada de fenda, examinando as pálpebras, distinguindo entre blefarite posterior e anterior.

Outra técnica consiste na coleta de amostra do material presente na borda das pálpebras, para identificar a causa da infecção, o tipo de bactéria e o grau de sensibilidade aos antibióticos comumente mais prescritos.

São considerados fatores de risco, aqueles com potencial de causar ou intensificar os sintomas de blefarite. Entre eles estão:

  • Tabagismo;
  • Lentes de contato;
  • Uso de retinoides (substância derivada da vitamina A, usada no tratamento de pele e rejuvenescimento facial);
  • Dermatite seborreica;
  • Conjuntivite alérgica;
  • Alergia a maquiagem;
  • Cosméticos de procedência duvidosa;
  • Rosácea;
  • Síndrome do olho seco.

Vale destacar que quadros de conjuntivite, podem se desenvolver de forma benigna, sem apresentar gravidade, enquanto obstruí o saco conjuntival e o duto lacrimal, decorrente de um processo de bulose crônica chamado penfigoide da membrana mucosa ocular.

O tratamento indicado depende do tipo de blefarite, de modo geral, a higienização das pálpebras é o principal tratamento caseiro para blefarite que ajuda tanto a minimizar quanto a prevenir a inflamação. Além disso, alguns hábitos também demonstram eficácia como parar de fumar, evitar o uso de lentes de contato e produtos que causem reação alérgica.

Entre os principais tratamentos para blefarite estão:

  • Higiene palpebral: consiste na remoção cuidadosa das cascas, crostas e escamas da região com água morna junto a uma solução específica ou shampoo infantil neutro diluído. Após a limpeza, os olhos são enxaguados. Atentar-se para não deixar a mistura higienizante cair no olho e agravar o problema, também, não lavar as pálpebras sem a solução adequada e/ou com água fria. Higienizar o local de uma a duas vezes por dia;
  • Compressa quente: com o auxílio de algodão embebido em água morna ou uma bolsa térmica pequena, já aquecida. As compressas na região são realizadas entre duas a quatro vezes por dia, por cinco ou dez minutos, e ajudam a amolecer as secreções gordurosas, facilitando a remoção, daí ser indicada antes da higiene palpebral. É importante que a água não esteja muito quente, já que isso pode descamar a pele;
  • Massagens das pálpebras: indicada principalmente aos casos de blefarite posterior, a massagem das pálpebras é realizada, preferencialmente, após a compressa morna. Com as mãos devidamente higienizadas, a base dos cílios é massageada delicadamente com movimentos circulares e horizontais pequenos, para ajudar a secreção das glândulas;
  • Lágrima artificial: o colírio de lacrimais artificias atua contra a secura nos olhos provocada pela blefarite;
  • Ômega 3: uma dieta rica em ômega 3 regula as funções das glândulas da pálpebra, melhorando o ressecamento. O nutriente é encontrado em alguns peixes, como o salmão e a sardinha, em óleos vegetais, na semente de linhaça, entre outros. Ou em suplementos na forma de pó, ou drágeas, adicionados as refeições. Entretanto, não há pesquisas que corroborem sua eficácia como forma de tratamento;
  • Antibióticos orais (comprimidos): tipo de tratamento indicado aos casos mais graves, de blefarite crônica moderada ou grave. Entre os antibióticos mais recorrentes estão a doxiciclina, tetraciclina, azitromicina;
  • Antibióticos tópicos (pomadas oftalmológicas): as pomadas melhoram os sintomas e reduzem as bactérias presentes nos cílios e conjuntivas, apesar de serem mais eficazes na blefarite anterior também são recomendados para blefarite posterior. Em geral, o tratamento se prolonga entre uma e duas semanas, sendo interrompido com a melhora dos sintomas. A higiene palpebral é mantida normalmente;
  • Glicocorticoides tópicos: o último tratamento para blefarite é reservado aos casos em que não há resposta as outras terapias. A prescrição de corticoides tópicos é restrita ao oftalmologista e o uso se estende entre duas a três semanas, a fim de evitar o risco de formação de glaucoma ou catarata.

Blefarite tem cura?

A blefarite não tem cura. Mas apesar de não ter cura, os sintomas da blefarite podem ser tratados. Por isso, como em qualquer outra doença, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menor a chance de desenvolver um quadro mais grave, preservando a integridade da superfície ocular.

Quanto tempo leva tratar a blefarite?

Todo o tratamento se estende pelo período de 1 a 2 meses, desde que os procedimentos prescritos pelo médico sejam seguidos à risca. Porém, casos específicos ou quando existe outra doença relacionada a blefarite, o tratamento poderá se prolongar por um tempo maior.

Qual melhor colírio para blefarite?

Para casos de blefarite, colírios com antibióticos (como bacitracina mais polimixina B, gentamicina, eritromicina ou sulfacetamida) são mais recomendados por agirem tanto no sintoma de secura dos olhos, quanto contra as bactérias que provocam a doença. Atuando como um anti-inflamatório para blefarite.

Qual a melhor pomada para blefarite?

Quando o tratamento para blefarite for com pomadas, as mais indicadas são as que contêm antibióticos, para agir contra as bactérias que se multiplicam na base dos cílios, provocando a infecção e o surgimento da crosta no local.

Facilmente confundida com o terçol e a conjuntivite, por conta dos sintomas em comum, a blefarite é muito mais comum do que parece e várias perguntas surgem a seu respeito. Finalizamos o artigo com as principais dúvidas que você ainda pode ter sobre a doença, após a leitura.

Blefarite é contagiosa?

Não, a blefarite não é contagiosa. Visto que a infecção, reação alérgica ou doença cutânea que a provoca está relacionada diretamente a oleosidade da pele do paciente.

Blefarite é grave?

Se tratada a doença não traz riscos à saúde ocular do indivíduo. Porém, a blefarite pode progredir a casos mais graves, causando inflamação nos tecidos oculares, sendo a córnea a mais comumente afetada, provocando ceratite ou úlcera de córnea.

Qual a diferença entre conjuntivite e blefarite?

A diferença é que a conjuntivite ocorre devido a uma inflamação bacteriana, viral ou alérgica da conjuntiva, a mucosa que reveste a parte posterior da pálpebra. Enquanto a blefarite é provocada, basicamente, pelo excesso de oleosidade nas pálpebras. Apesar de os sintomas serem parecidos, conjuntivite e blefarite não são a mesma coisa.

Tem cirurgia para blefarite?

A blefarite tem cirurgia, mas só é necessária quando não tratada. Pois a prolongação do ciclo de inflamação é responsável pelo desenvolvimento de hordéolos, uma infecção aguda nas glândulas de Meibomius que aumenta os riscos de formação do calázio, um nódulo que surge na parte posterior da pálpebra.

E nesse caso a cirurgia é necessária para remover o cisto que, por vezes, causa queda na pálpebra superior ou revira a inferior. Mas a blefarite em si não precisa de cirurgia para tratamento.

Quem tem blefarite pode usar rímel?

O uso do rímel e outras maquiagens nos olhos depende do grau de irritação e alguns cuidados devem ser tomados. Sendo preferível usar maquiagens a base de água e evitar o uso excessivo na região, removendo totalmente o produto antes de dormir com água morna e shampoo neutro, ou demaquilante que não seja oleoso.

Por onde tratar a blefarite?

O primeiro passo é procurar um oftalmologista para o diagnóstico, assim que os sintomas surgirem; o autodiagnóstico, bem como o automedicamento, pode prejudicar o quadro. Ao médico cabe indicar o melhor tratamento para a blefarite, caseiro e/ou com anti-inflamatório, e acompanhar a evolução do caso.

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