Passo 1: Escolhendo a armação ideal para você
O primeiro passo na hora de escolher os óculos é a escolha da armação. A armação é composta por diversas partes: ponteira, haste, charneira, aro, plaqueta e ponte.
É nela que será colocada a lente de escolha do seu óculos.
Existem diversos fatores que devem ser levados em consideração na hora da escolha da armação: formato do rosto, estilo das sobrancelhas, largura do nariz, altura e postura corporal, hábitos comportamentais (forma de assistir televisão por exemplo), tom de pele e estilo próprio.
Desses fatores, a escolha baseada em relação ao formato do rosto é o que nos faz sentir mais a vontade com a armação escolhida.
Para pessoas com o chamado rosto quadrado, óculos mais arredondados e que fiquem posicionado mais alto no nariz são uma boa opção. Já armações retangulares e angulares não são indicadas por não favorecem a harmonia facial.
Para àqueles que possuem o rosto redondo a recomendação são armações retangulares e quadradas tornado a aparência mais elegante. As hastes largas e com aro ao redor são ótimas opções para pessoas estilosas.
O rosto retangular tem as mesmas características do quadrado e portanto as armações arredondadas são, de novo, uma ótima pedida.
Temos também os rostos ovais que combinam com armações redondas, “tipo” aviador, “tipo” gatinho e retangulares com hastes largas. Para essas pessoas, não se aconselham armações pequenas e curtas.
Existem ainda mais 2 tipos de rosto que uma boa indicação da armação faz toda a diferença:
Rosto em coração: caracterizado por queixo estreito com testas largas. Para essas pessoas são indicados os modelos retangulares e ovais.
Rosto em diamante: caracterizado por testa e queixo estreitos e bochechas mais cheias. Com esse rosto combinam os modelos quadrados sem aro ou armações ovais com aro. Modelos “tipo” gatinhos também são uma ótima escolha.
Após análise dessa parte mais técnica, agora é a hora que todo mundo gosta: escolher a grife e marca dos óculos.
São diversas marcas famosas como Balenciaga, Chopard, Calvin Klein, Carolina Herrera, Diesel, Ermenegildo Zegna, Fendi, Givenchy, Gucci, Jaguar, Lacoste, Mercedes Bens, Silhouette, dentre outras, que são facilmente encontradas nas óticas de grife. Acha que acabou ? Agora é a hora de escolher as lentes dos óculos! Leia o próximo post sobre o assunto
Passo 2: Escolhendo a lente
Agora que já escolhemos a armação do óculos vamos para o principal item de escolha na confecção do óculos: a lente!
Ao entrarmos em uma ótica, somos “bombardeados” com uma imensa gama de opções sobre as lentes dos óculos. Primeiro em relação as marcas: as famosas alemãs Zeiss e Rodenstock; a francesa Varilux, a japonesa Hoya, dentre outras..
Depois em relação ao tipo da lente: monofocal, bifocal, multifocal, lentes intermediárias. Devemos escolher ainda o material: policarbonato ou resina. E por fim em relação ao modelo específico: zeiss progressive superb, zeiss progressive individual, rodenstock monoplus, varilux eyezen, hoya SINC III, etc..
Em relação à marca, é igual quando escolhemos marcas de carro: uns preferem Honda, outros Toyota, outros Mercedes-Bens, outros Citroen… Cada paciente, via de regra, prefere uma lente específica.
Quando falamos em tipo da lente, isso depende diretamente do problema refratométrico do paciente (grau): pacientes com dificuldade em apenas um foco, seja longe ou perto, (miopia, astigmatismo, hipermetropia ou presbiopia pura), usam lentes monofocais. Já aqueles que possuem dificuldade para longe e perto devem escolher as lentes multifocais.
Os famosos “óculos de vovó”, os bifocais, atualmente possuem utilização bem restrita, para alguns casos específicos de estrabismo. Por fim, temos as lentes intermediárias que são indicadas para aqueles pacientes présbitas que passam horas na frente do computador.
Atualmente, os materiais mais usados nas lentes oftálmicas são o policarbonato e a resina. A principal diferença entre eles é o índice de refração. Esse valor indica a capacidade do material de desviar os raios luminosos. Quanto maior o índice, mais eficiente o material, produzindo lentes de óculos mais finas. Por conta do seu alto índice de refração, as lentes de resina são as mais adequadas para quem tem alto grau de miopia ou hipermetropia.
Resistentes e duráveis, as lentes de Policarbonato são indicadas para quem tem até 4 graus de miopia ou hipermetropia com 2 de astigmatismo. Quanto mais elevado o índice, melhor é a imagem fornecida, porém mais cara é a lente.
Por fim, temos o modelo de lentes. Aqui o maior motivo de dúvida e confusão está relacionado às lentes multifocais. Quando escolhemos uma marca, por exemplo, Zeiss é como escolher uma marca de carro (Honda por exemplo). Dentro das opções de carro da Honda, temos uma evolução progressiva de modelos e preços (Fit, City WRV, HRV, CRV, etc..). Com as lentes não é diferente: cada lente “superior” traz uma características a mais do que o modelo mais simples e em contrapartida o preço também aumenta. A principal característica é o campo de visão intermediário, muito pequeno nas lentes “de entrada” e grandes nas melhores lentes. A diferença de preço também é proporcional.
Escolhida a lente do óculos, agora vem uma parte não menos importante: as medidas. Existem diversas medidas que devem ser realizadas para que as lentes estejam alinhas, no ângulo correto e assim, possam fornecer a melhor imagem possível. Qualquer erro de medida gera insatisfação com os óculos. Antigamente essas medidas eram realizadas por meio de um aparelho manual chamado pupilômetro. Atualmente, temos aparelhos que medem as distâncias de maneira mais precisa, incluindo ângulos e posições do rosto do paciente no momento da medição, sendo portanto um processo mais dinâmico e preciso.
Caso alguma das medidas esteja errada, algumas das queixas incluem: abaixar ou levantar o óculos para ver melhor; chegar o óculos para frente, na ponta do nariz ou pressionar mais perto dos olhos; diplopia (visão dupla); “chão andando”, entre outras. Nesses casos, consulte seu oftalmologista para que ele confira os óculos e caso seja detectado o defeito, faça uma carta à ótica para correção do desajuste ocorrido.
Passo 3: Benefícios adicionais
Quando chegamos a uma ótica para confeccionar nossos óculos nos deparamos com uma grande variedade de tratamentos existentes para “turbinar” a qualidade das lentes oferecendo mais conforto e proteção aos nossos olhos .
São tantas opções que ficamos sem saber qual é a melhor escolha.
Neste passo final, separamos algumas dicas para você poder analisar se estes recursos adicionais valem a pena para você. Confira cada um:
Proteção ultravioleta
Os raios ultravioletas estão relacionados diretamente a danos oculares:
Pterígios
Ceratites
Catarata
Degeneração macular
Melanoma de coroide
A camada de ozônio que envolve a Terra consegue absorver grande parte desses raios, impedindo que boa parte deles chegue à superfície terrestre. Essa camada protetora vem, no entanto, sendo destruída por produtos fabricados pelo homem e se tornando mais fina em diversas regiões do planeta, originando os famosos buracos na camada de ozônio.
Para proteger nossos olhos dessa irradiação podemos lançar mão de dois recursos possíveis:
a) lentes com coloração (óculos escuros): ideal para ambientes externos tanto em dias de sol quanto em dias nublados. Os óculos solares comuns reduzem o brilho direto da luz visível, mas não reduzem o brilho refletido. Se você quer reduzir o brilho refletido, como por exemplo, da neve, deve usar lentes polarizadas.
b) proteção UV (ultra violeta) nas lentes transparentes de grau: lentes usuais do dia a dia.
Vale ressaltar que o uso de óculos escuros está indicado inclusive para crianças que brincam muito em ambientes externos com irradiação solar.
Tratamento anti reflexo
Melhora a transparência das lentes e a visão noturna, permitindo que máxima quantidade de luz alcance os nossos olhos com o mínimo reflexo, melhorando o contraste e os detalhes das imagens.
São indicadas para quem trabalha diariamente com computador e para quem dirige muito à noite. Além disso, elas não refletem os flashes das fotos e filmagens.
Tratamento Anti-risco
Aumentam a durabilidade das lentes e são bem indicadas para crianças e para quem pratica esporte com óculos.
Resistência à embaçamento
Trata-se de um tipo de tratamento indicado para profissionais que trabalham com diferenças extremas de temperatura. Atualmente, é uma excelente opção para quem se incomoda com o embaçamento das lentes dos óculos
ocasionado pelo uso de máscaras contra o COVID-19.
Filtro para luz azul
A luz azul oriunda de dispositivos eletrônicos (tablets, celulares, computarores..) é nociva aos nossos olhos, causando problemas na retina, fadiga visual além de estar associada à progressão da miopia principalmente nos pacientes mais jovens.
Portanto, o filtro para luz azul melhora o conforto visual, protege os olhos contra diversas doenças e é indicado para as aqueles que passam horas na frente das telas.
Tratamento de lentes filtrantes de atenuação (lentes fotossensiveis -sendo a marca mais conhecida a “transitions”)
São lentes coloridas que filtram determinados intervalos de onda do espectro luminoso que variam conforme sua transparência. As lentes fotossensíveis são atenuadas com a incidência do sol e são transparente com a luz visível. Podem ter tonalidades diferentes (cinza, marrom, verde).
É uma excelente opção para quem possui fotossensibilidade. Contudo, ela não é acionada por trás dos pára-brisas dos carros e isso deve ser levado em consideração na hora da escolha.
Lentes polarizadas
São lentes que além de proteger os olhos e dar conforto, também protegem contra o brilho, eliminando o reflexo desconfortável que atrapalha a visão em dias ensolarados, suprimindo a radiação refletida da água, neve, asfalto ou superfícies metálicas.
São indicadas para as pessoas que permanecem muito tempo ao ar livre e atletas em busca de alta performance nas mais diferentes modalidades esportivas, como: corrida, skate, motocross, snowboard, ski, ciclismo, mountain bike, etc..
Texto produzido por Dra. Carine Sobreira
