Glaucoma congênito: o que é, porque acontece e tratamento

As doenças oculares podem trazer riscos graves e merecem a sua atenção. O Glaucoma é uma doença ocular que atinge milhares de pessoas em todo o mundo e é responsável por uma das principais causas de cegueira irreversível. A forma mais rara da doença ocorre no glaucoma congênito. Ele é caracterizado pela alteração do nervo óptico e o aumento da pressão ocular.

Diferente dos outros tipos, que costumam se desenvolver em pessoas acima de 60 anos, o glaucoma congênito atinge as crianças e deve ser diagnosticado de forma precoce para evitar complicações graves, como a cegueira. Continue acompanhando a leitura e saiba mais sobre a doença, como diagnosticá-la e o tratamento adequado!

O que é Glaucoma Congênito?

O Glaucoma congênito é uma doença ocular rara resultante da má formação do sistema de drenagem do olho, o que gera o aumento da pressão intraocular.

Em quase todos os casos a doença é hereditária, ocorrendo em crianças e recém-nascidos. Devido a essa condição, a criança sofre com o crescimento acelerado dos olhos, com uma córnea grande e fosca, o que acaba deixando os olhos desproporcionais. Basicamente, a passagem do humor aquoso é bloqueada, aumentando a pressão intraocular e provocando danos no nervo óptico.

Essa é a causa mais comum. Contudo, existem outros casos, em que não há pressão elevada. Nessas situações, por exemplo, pode estar ocorrendo o mau funcionamento dos vasos sanguíneos

A doença não tratada é uma das principais causas de cegueira infantil, correspondendo a 20% dos casos. Portanto, é imprescindível que ela seja diagnosticada o mais rápido possível para que o oftalmologista indique o melhor tratamento e acompanhe a evolução da criança.

Quais são os sintomas do Glaucoma Congênito?

Os sintomas do glaucoma congênito podem ser peculiares. É importante ressaltar que a doença pode acometer apenas um olho ou os dois olhos da criança. Além disso, também pode já estar presente no nascimento ou se desenvolver mais tarde.

Confira abaixo os principais sintomas:

  • Sensibilidade a luz e claridade;
  • Vermelhidão e irritação nos olhos;
  • Secreção excessiva de lágrimas;
  • Córnea inchada e com aspecto turvo;
  • Aumento do globo ocular;
  • Piscar excessivo dos olhos, principalmente diante de luz brilhante.

Em até 1 ano da criança com glaucoma congênito, a córnea fica inchada, turva e com desconforto à luz. Entre 1 e 3 anos, a córnea aumenta de tamanho e só crescem com a pressão até essa idade.

Glaucoma Congênito tem cura?

O glaucoma congênito não tem cura, afinal, é uma doença crônica. Contudo, pode (e deve) ser tratado e controlado com segurança. Com a avaliação médica, é possível identificar qual será o melhor protocolo a ser seguido. 

Como tratar o Glaucoma Congênito?

O tratamento indicado pode variar desde o uso de colírios que reduzem a pressão intraocular, implante de próteses que drenam o líquido do olho ou o procedimento cirúrgico.

A cirurgia é o meio padrão de tratar o glaucoma congênito, conhecida como trabeculotomia ou goniotomia. O procedimento consiste em remover os tecidos que obstruem a drenagem do humor aquoso. Os colírios são prescritos para reduzir a pressão intraocular antes da cirurgia. 

Mas lembre-se: a prevenção é o melhor caminho! Portanto, cuide da saúde do seu filho, leve-o para consultas de rotina no oftalmologista e não deixe de realizar o teste de olhinho para ter um diagnóstico precoce. 

Assim, as chances de um tratamento de sucesso são maiores, impedindo a perda de visão e viabilizando a qualidade de vida da criança.

A importância do teste do olhinho

Como abordado no tópico anterior, é fundamental que a criança faça o teste do olhinho para ter um diagnóstico precoce do glaucoma congênito.

Ele é um teste muito eficaz, rápido, simples (leva apenas cerca de 3 minutos) e deve ser feito até 30 dias após o nascimento do bebê.

Quando não há a realização do teste, a doença só costuma ser identificada depois dos 6 meses ou mais, prejudicando a escolha do tratamento ideal e aumentando os riscos do paciente.

Basicamente, o teste é feito com o médico colocando um feixe de luz no olho do bebê para observar o reflexo das pupilas. Em um bebê saudável, o reflexo tem coloração avermelhada, é homogêneo e também simétrico.

Quando o médico repara algo diferente disso ou tem dúvida sobre o diagnóstico, novos exames são solicitados e a criança é encaminhada para o tratamento adequado.

Vale ressaltar aqui que o teste do olhinho é essencial. Ele não só favorece o diagnóstico do glaucoma congênito, mas também auxilia a detectar outras doenças como cegueira, catarata congênita, infecções, tumores etc.

O teste já é obrigatoriedade em alguns estados e cidades brasileiras como: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso. 

Inclusive, ele é tão importante que foi reconhecido pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em 2010.

Após isso, ele passou a fazer parte dos exames nas maternidades privadas do Brasil.

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