A retina dos nossos olhos é a estrutura responsável pela captação de luz. Assim, essa estrutura está relacionada à maneira como enxergamos, já que o nosso cérebro depende dela para a formação das imagens. Continue a leitura e descubra o que é retina, principais doenças, cuidados, tratamentos e muito mais!
A retina do olho é uma camada finíssima e sensível à luz localizada no fundo do olho. Esse tecido nervoso é responsável por transformar a luz em estímulos, que são captados pelo cérebro e funcionando como uma espécie de “tela” para projetar as imagens que enxergamos.
Dessa forma, a retina é muitas vezes comparada à um filme em câmera fotográfica analógica. Ou seja, ela retém as imagens e as traduz para o cérebro, por meio de impulsos nervosos. Assim, a retina é uma das membranas do segmento posterior do olho e que tem a função de transformar os estímulos visuais luminosos para que cheguem até o cérebro e as imagens sejam lidas.
A função da retina é captar os estímulos de luz através da córnea, pupila e cristalino. Assim, por meio do nervo óptico localizado atrás do olho, a luz é transformada em estímulos neurais, que são enviados para o cérebro. Por fim, nosso cérebro transforma esses estímulos neurais em reconhecimento visual, ou seja, as imagens que enxergamos o tempo todo.
Dessa forma, a retina é extremamente importante para que possamos transformar os estímulos nervosos em imagens. Nesta estrutura, há cerca de 126 milhões de receptores (chamados de fotorreceptores, por estarem ligados à luz).
A retina recebe a luz através dos cones e bastonetes, que são as células fotorreceptoras, que a transformam em um impulso nervoso que é dirigido ao cérebro através do nervo óptico.
Para compreender como a retina recebe luz, precisamos entender um pouco sobre seus receptores. Os milhões de receptores localizados na retina são divididos em dois tipos:
Assim, podemos compreender que os dois tipos de receptores são bastante similares. Suas principais diferenças estão no funcionamento de acordo com o nível de luminosidade e cores, além das quantidades de cada um deles presente na retina.
Para compreender melhor as reações químicas que ocorrem neste momento, vamos entender na prática como funciona. Quando a luz entra em contato com a retina e com esses dois tipos de receptores, acontece uma série de reações químicas complexas e extremamente rápidas, que duram apenas trilionésimos de segundo.
Assim, na região, há um composto químico que ativado (rodopsina), responsável por criar impulsos elétricos no nervo óptico. Se o ambiente está mais iluminado, apenas os fotorreceptores do tipo cone funcionam, enquanto que nos ambientes menos iluminados os bastonetes são ativados e iniciam sua atividade.
Assim, quando a luz chega aos olhos, a rodopsina é tocada e entra em decomposição. É por esse motivo que o material é bastante instável, se quebrando em diversos compostos intermediários. Um dos compostos da rodopsina é derivado de vitamina A e é exatamente por esse motivo que a ingestão dessa vitamina é recomendada para evitar problemas na visão.
Dessa forma, a rodopsina e os demais compostos intermediários produzem uma série de impulsos elétricos que são captados e transmitidos ao cérebro como luz. Já esses impulsos elétricos atingem primeiro um gânglio nervoso e, por fim, o nervo óptico. Este último é responsável por enviar os impulsos ao cérebro, quando acontece a transformação dos impulsos de luz em imagens.
A retina é formada por todas essas camadas. A seguir, entenda mais sobre elas:
A coróide é uma camada de vasos sanguíneos, responsáveis por fornecer oxigênio e nutrientes para a retina.
O epitélio pigmentar da retina é composto por uma única camada de células. Sua função é proporcionar a nutrição e retirar resíduos nas células fotorreceptoras.
São receptores, responsáveis por transformar a luz em sinais elétricos. São divididos em bastonetes e cones, sendo que os bastonetes ajudam com a visão noturna e periférica. Enquanto que os cones se concentram na luz captada pela parte central da retina, onde está localizada a mácula. Dessa forma, os cones são responsáveis pela visão central e colorida.
Estão interligadas aos fotorreceptores Assim, circundam essas células, integrando e regulando a entrada de outras células. Dessa forma, aumentam a acuidade visual.
Cada camada da retina está interligada uma com a outra, ou seja, o processo de captação de luz depende de todas as camadas. Essa relação é exemplificada pelas células bipolares. Assim, são elas as responsáveis pelas informações elétricas das células fotorreceptoras, transmitindo para as demais camadas da retina.
Essas células se expandem formando um nervo óptico. Dessa forma, atuam na transmissão de informações para o cérebro a partir de impulsos elétricos. Dessa forma, são necessárias para processar e definir contrastes, cores e os diferentes formatos que enxergamos.
Agora que já entendemos o que é a retina, podemos compreender a sua importância para a visão. Ou seja, problemas na retina são capazes de prejudicar a forma como captamos a luz, como vemos contrastes, cores, como é nossa visão noturna e muito mais.
Dessa forma, há uma série de problemas que podem acontecer nas diferentes camadas da retina e quando uma delas é atingida, podemos sofrer com problemas de visão. Por isso, é preciso ter atenção aos sintomas para saber se você possui algum problema. Os principais sintomas de problema na retina são:
Os problemas na retina são causados principalmente pelo descolamento da retina, ruptura na região ou a degeneração macular. Entretanto, qualquer problema em qualquer uma das camadas pode trazer problemas na região. Além disso, doenças como o glaucoma (que atinge o nervo óptico) e a retinopatia diabética também são conhecidos por causar problemas na retina.
Entretanto, a maior parte dos casos de problemas na retina ocorre como decorrência do processo natural de envelhecimento. Além disso, também podem ser causados por trauma nos olhos ou na cabeça, pelo descolamento no humor vítreo, tumores, entre outras causas. Os pacientes idosos e diabéticos devem manter os exames em dias para prevenir e diagnosticar problemas de forma precoce, potencializando as chances de tratamento.
Existem diversas doenças que atingem a retina, as quais prejudicam a forma como a luz é captada e como impulsos nervosos são transformados em imagens pelo cérebro. Porém, são essas 8 as principais doenças.
A seguir, confira seus principais sintomas e entenda mais detalhes.
A coriorretinopatia serosa central é uma doença que atinge a mácula. A mácula, por sua vez, é a região responsável pelos detalhes e percepção das cores. Dessa forma, a doença compromete essas percepções.
O paciente com coriorretinopatia serosa central pode apresentar um ponto negro na região central da visão ou mancha acinzentada. Além disso, a percepção visual pode ser a de objetos desalinhados. Normalmente, é associada aos altos níveis de estresse, transtornos emocionais e está associada ao uso massivo de corticosteróides. Também costuma ser mais frequente em homens com idade entre 20 e 45 anos.
A DMRI leva à perda gradual da visão. Isso porque atinge a área central da retina, a mácula. Há duas formas de DMRI:
Na DMRI seca os sintomas são mais sutis e demoram a aparecer. Mas a visão costuma ficar turva e pouco detalhada. Já na DMRI os sintomas são súbitos, com embaçamento da visão, ondulações, distorções e outros sintomas abruptos.
Trata-se de um problema grave, que deve ter tratamento médico urgente, já que pode levar à perda total da visão. O descolamento de retina pode tanto ser causado por lesões degenerativas, como pelo próprio processo natural de envelhecimento, além de traumas nos olhos ou na cabeça. Doenças como a retinopatia diabética também podem causa descolamentos.
Há três tipos:
Sintomas para saber se houve o descolamento de retina são: enxergar flashes de luz, moscas volantes, manchas, sombras e outras alterações na visão. Além disso, pode ocorrer a falta de visão central em alguns casos. Porém, por incrível que pareça, o descolamento de retina é indolor.
Ver moscas volantes é uma situação caracterizada quando o paciente enxerga manchas em seu campo de visão. Elas se parecem com pequenos insetos, pontos, fios ou linhas, que podem ser translúcidos, opacos ou escuros. São manchas que pairam no ar.
Surgem, normalmente, por problemas relacionados ao descolamento do vítreo e está associado ao processo de envelhecimento. Mas podem surgir em qualquer idade, especialmente em pacientes com miopia, que já operaram a catarata ou sofreram algum trauma.
A doença ocorre quando há algum bloqueio que não permite a circulação de sangue nos olhos. Dessa forma, pode causar perdas visuais severas, súbitas ou unilaterais. É a segunda causa mais comum de perda visual, perdendo apenas para a retinopatia diabética.
Os principais sinais de Oclusão da Veia central da Retina são a visão borrada, dificuldades repentinas para enxergar, veias dilatadas e hemorragias dentro da retina.
É causada pelo diabetes, sendo que pacientes com 20 anos de diagnóstico de diabetes estão mais sujeitos à doença. Assim, pode ocorrer em maior mais nos pacientes com diabetes mellitus (DM) ou tipo 1 e, com menor frequência, em pacientes com tipo 2.
Dessa forma, todos os pacientes com diabetes devem fazer o acompanhamento oftalmológico. Isso porque a doença não costuma apresentar sintomas em seu início.
A doença pode aparecer em pacientes com alto grau de miopia. Dessa forma, está relacionada ao crescimento do globo ocular que ocorre nesses pacientes. Assim, podem ocorrer hemorragias, descolamento da retina e outros problemas frequentes nos míopes.
Os principais sinais são o escurecimento da visão, perda de visão e aparecimento de manchas. Pacientes míopes devem fazer acompanhamento oftalmológico com frequência.
Também bastante comum em pacientes míopes, ocorre quando há fendas e/ou esgarçamentos, que são causados pela tração do vítreo. Pode provocar o descolamento da retina e a perda progressiva de visão.
Os principais sintomas são dificuldade para ler, perda de percepção do brilho e intensidade das cores, além da dificuldade para enxergar em ambientes pouco iluminados.
Há uma série de exames capazes de diagnosticar não apenas a presença de doenças na retina, mas também qual o tipo de doença e o seu nível. Veja quais são os exames mais comuns que podem ser solicitados pelo oftalmo e também os exames complementares.
Há diversos tratamentos para os problemas que atingem a retina, com medicamentos, terapia fotodinâmica e procedimentos cirúrgicos como fotocoagulação a laser. Tudo vai depender da doença, histórico do paciente e grau da degeneração.
Assim, existem medicamentos próprios para bloquear ou retardar a degeneração, que podem ser aplicados diretamente na retina. Também há o laser frio, que por meio da terapia fotodinâmica permite a conservação da retina e suas camadas.
Já a cirurgia de fotocoagulação a laser é recomendada para casos em que há a presença de doenças vasculares, como a DMRI úmida, com o objetivo de impedir a progressão do quadro e preservar a visão.
Em alguns casos, também se recomenda mudanças no estilo de vida do paciente. Como por exemplo, a suplementação vitamínica, já que especialmente a falta de vitamina A pode causar problemas na retina. Além disso, recomenda-se mudança nos hábitos alimentares e cuidados durante a exposição solar. Ainda, diversos outros tratamentos podem ser recomendados pelo oftalmo.
Até o momento, os transplantes de retina ainda não são realizados, pois apresentam resultados controversos em humanos. Ou seja, esse tratamento ainda não é realizado, pois precisa de mais estudos para comprovar sua eficácia.
Como dito anteriormente, ainda não existe um transplante de retina seguro e praticável no momento. Porém, as cirurgias para correção de problemas na retina custam entre R$8.000 e R$22.000.
Sim, essa é uma opção. Entretanto, cabe avaliação individualizada do caso. Em alguns casos pode ser mais interessante o uso da lente de contato rígida, pois em muitas situações há bons resultados sem cirurgia.
Mas o transplante de córnea também é uma opção. Assim, vale que o paciente passe pela avaliação, conheça os riscos que envolvem qualquer transplante, além de se pontuar os riscos (ainda que pequenos) de um novo descolamento de retina.
A cirurgia de retina pode ser feita através de 3 técnicas: retinopexia pneumática, crioterapia e vitrectomia posterior. O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob anestesia local ou geral. Geralmente, o paciente é liberado para fazer o repouso em casa, com recuperação entre 7 e 15 dias.
Por meio da criopexia, por exemplo, é possível barrar uma pequena área de descolamento, impedindo que aumente. Há também os procedimentos nos quais se utiliza bolha de gás SF6 ou C3F8 ou óleo de silicone para recuperar a visão dos pacientes.
Na maior parte dos casos o procedimento é feito apenas com anestesia local e é bastante simples. Já a visão se recupera após alguns dias ou semanas, dependendo do caso, sendo possível ter ótimos resultados na maior parte dos casos.
A visão tende a melhorar após alguns dias ou semanas após a cirurgia, entretanto, nem sempre os resultados são rápidos ou previsíveis. Em alguns casos, o resultado vem após alguns meses. Em outros, pode até mesmo ser necessário um novo procedimento cirúrgico para corrigir de vez o problema.
O importante é que o descolamento de retina seja diagnosticado rapidamente e reparado antes do descolamento de mácula.
A melhor maneira de prevenir doenças da retina é fazer acompanhamento oftalmológico com frequência, especialmente os pacientes com alguma predisposição. Pessoas míopes, diabéticas, hipertensas e a partir dos 50 anos devem visitar o oftalmo periodicamente.
Além disso, manter um bom estilo de vida com, doenças, exames e tratamentosexercícios físicos, controlar a diabetes por meio da dieta e proteger os olhos durante o dia a dia são maneiras de prevenir as doenças da retina.
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