A lente intraocular (LIO) é um grande avanço para a oftalmologia. Afinal, ela permite devolver a qualidade de vida para pacientes que sofrem de graves problemas oculares, como é o caso dos portadores de catarata ou altos graus de refração.
No processo, ocorre a substituição do cristalino danificado (a lente natural dos olhos) pela lente intraocular. Dessa forma, a função da LIO é justamente corrigir uma série de problemas no cristalino, proporcionando mais conforto e bem-estar ao paciente com problemas oculares. A seguir, entenda mais detalhes sobre a lente intraocular, saiba como funciona, quais são indicações, tipos, dúvidas comuns respondidas e muito mais. Boa leitura!
O objetivo da lente intraocular é corrigir problemas oculares que atingem o cristalino. Assim, seu principal objetivo é ajudar o paciente a enxergar melhor e, consequentemente, ter mais bem-estar em sua vida. Como o próprio nome nos diz, se trata de uma lente (artificial) que é inserida no olho do paciente, por meio de um procedimento cirúrgico. A lente intraocular é elaborada com elementos biocompatíveis, ou seja, não há um risco do corpo "rejeitar" a lente. Dessa forma, é um processo bastante seguro, com rápida recuperação e que apresenta uma grande melhora na qualidade de vida do paciente com o cristalino comprometido.
Diferente das lentes de contato tradicionais, as lentes intraoculares são permanentes, um assunto que vamos aprofundar nos próximos tópicos. Dessa forma, após a cirurgia, as lentes intraoculares substituem completamente as funções do cristalino.
As lentes intraoculares são indicadas para pacientes com catarata, opacidade do cristalino causada por doenças ou pelo envelhecimento, ou ainda, para diminuir a dependência dos óculos de grau. No caso de pacientes que possuem altos graus de refração causados por miopia, presbiopia ou astigmatismo, é possível eliminar ou reduzir a dependência dos óculos de grau. É de pleno entendimento da oftalmologia que o implante é a solução mais recomendada para pacientes com catarata e outras doenças que causam a opacidade do cristalino. Além disso, é uma indicação para os pacientes que não desejam mais usar óculos. Contudo, apenas um oftalmologista, por meio de exames e análises feitas na consulta, é que pode confirmar se o paciente é realmente elegível para o procedimento. No geral, há dois requisitos básicos para passar pela cirurgia de implante das lentes:
Quando o paciente é elegível para o uso da lente intraocular, outra etapa é necessária: a escolha do tipo da lente. Esse momento é muito importante, já que o implante é permanente e vai ajudar o paciente a enxergar melhor. Assim, é importante saber que as lentes são classificadas de acordo com o tipo de material da composição e a função de correção que apresentam. Veja mais detalhes:
Dizer que uma lente intraocular é não tórica significa que ela não apresenta a função de corrigir o grau da visão. Ou seja, se o paciente já usa óculos para realizar suas atividades, continuará usando após a cirurgia. Neste caso, a lente irá corrigir apenas outro problema no cristalino, como por exemplo, a catarata. São as lentes mais utilizadas.
Já as lentes monofocais tóricas possuem alta tecnologia, o que as torna bastante eficazes nos casos de astigmatismo maior que um grau. Contudo, por se tratar de uma lente monofocal, ela corrige apenas a visão "para longe" e, dependendo do diagnóstico do paciente, pode ser necessário utilizar óculos de grau "para perto".
Já as lentes multifocais possuem um grau de tecnologia ainda mais elevado. Como o nome sugere, são lentes que corrigem simultaneamente a visão de longe, de perto e também a intermediária. É a lente mais recomendada para pacientes com problemas relacionados ao grau e que desejam ter independência em relação ao uso dos óculos. Contudo, em alguns casos, ainda será necessário o uso de óculos para leitura, ainda que com menor frequência do que antes da cirurgia. Vale lembrar que a indicação deve ser feita de acordo com os critérios do oftalmologista.
É o tipo de lente intraocular mais simples e mais utilizado nos casos de catarata. Trata-se de uma lente óptica comum, capaz de corrigir a hipermetropia ou a miopia. Corrige os problemas relacionados à opacidade do cristalino, mas por conta das irregularidades presentes na lente, pode ser necessário continuar com o uso dos óculos após a cirurgia.
Possuem a finalidade de corrigir tanto a hipermetropia como a miopia, além de outros problemas oculares relacionados ao grau. Como não possui irregularidades, diferente das esféricas, há uma melhora significativa no contraste de cores e também na visão noturna.
Além desses tipos, as lentes intraoculares também podem ser classificadas como rígidas ou flexíveis, de acordo com o tipo de material utilizado na composição. Na prática, isso significa que as rígidas não são dobráveis e são necessárias mais suturas para a colocação, o que aumenta o tempo de recuperação. Já as flexíveis são dobráveis (gelatinosas) e inseridas por meio de pequenas aberturas para substituir o cristalino.
As lentes de contato possuem a função de corrigir o grau de visão do paciente. Além disso, possuem funções estéticas, já que podem mudar a cor dos olhos. Outra diferença é que as lentes de contato possuem um período máximo de uso. Elas são removíveis, colocadas e removidas pelo próprio paciente, sem precisar de uma interferência profissional. Já a lente intraocular é permanente, colocada em processo cirúrgico de acordo com a orientação oftalmológica. A função das LIOs é corrigir permanentemente a visão do paciente, sem precisar ser substituída.
O tipo de lente deve sempre ser escolhido de acordo com três fatores: qual problema será tratado, indicação do médico e orçamento. Afinal, as lentes possuem valores diversos de acordo com suas especificidades, como veremos no próximo tópico. Já as marcas, contamos com boas opções disponíveis. Na maioria dos casos, são marcas de lentes intraoculares importadas. Veja as mais recomendadas:
Não há um tipo de lente ideal recomendado para todos os pacientes. Por isso, durante o atendimento oftalmológico, devem ser constatadas as necessidades do paciente. Dessa forma, caso seja um paciente com catarata e também com problemas para enxergar "de longe e de perto", podem ser recomendadas as lentes multifocais para corrigir todos os problemas.
O implante permanente de uma lente custa, em média, entre R$5.000 e R$10.000 por olho, já incluindo o valor da lente e todos os gastos da cirurgia. Contudo, esses valores podem variar de acordo com o grau de visão, o avanço da doença e também o tipo ou marca de lente utilizada. Dessa forma, os seguintes fatores influenciam no valor da cirurgia para colocar lente intraocular:
Vale fazer um adendo. Essa cirurgia, apesar de rápida, ainda se trata de um implante permanente que é colocado dentro dos olhos. Por isso, escolha realizar o procedimento com um oftalmologista experiente e de sua confiança. Afinal, independente do valor, todo paciente deseja um ótimo resultado após se submeter à cirurgia.
Como todo assunto que envolve a visão e especialmente quando falamos em procedimentos cirúrgicos, há uma série de dúvidas sobre o tema. Afinal, a lente pode sair do lugar? Ela pode ser substituída? Os planos de saúde cobrem o procedimento? Abaixo, respondemos as dúvidas mais comuns sobre o assunto.
Sim, é uma das cirurgias oftalmológicas mais seguras. Não é necessário se internar, a cirurgia é realizada na própria clínica e o paciente recebe alta minutos depois. Algumas horas após a cirurgia é possível notar o ofuscamento da visão e halos, portanto, é preciso ter acompanhamento de algum familiar ou pessoa próxima no dia da cirurgia. Complicações são extremamente raras e tratáveis.
Antes de tudo, o paciente que possui a lente ou vai passar pela cirurgia, deve saber que o descolamento da lente é algo extremamente raro de acontecer. Contudo, quando acontece, os sintomas são bastante perceptíveis. Visão embaçada, diminuição na qualidade da visão, perda de nitidez das cores e imagens são os principais sinais. Constatados esses sinais, o paciente deve passar por um exame oftalmológico que observa a posição da lente dentro do olho, para confirmar ou descartar a hipótese de que a lente saiu do lugar.
Apesar do procedimento ser permanente e não ser necessário fazer uma troca, as lentes intraoculares podem ser substituídas. O procedimento é reversível, portanto, uma nova cirurgia é feita para remover a lente antiga e colocar a nova, da mesma forma em que é removido o cristalino para colocar a lente intraocular na primeira vez. As substituições podem acontecer quando o paciente não se adapta à lente.
A troca de lente refrativa (também conhecida por Refractive lens exchange ou pela sigla RLE) é a substituição do cristalino (lente natural dos olhos) por uma lente artificial que corrige os erros de refração. Dessa forma, a cirurgia reduz ou elimina a necessidade de usar óculos de leitura, ou para a realização de outras atividades do dia a dia. O procedimento é idêntico à correção da catarata. A única diferença é o tipo de lente utilizada, que neste caso tem a função de corrigir o grau. Na cirurgia de catarata, a lente pode ou não ter essa função.
A boa notícia é que sim! Os planos de saúde cobrem a cirurgia de lente intraocular. Especialmente quando se trata de catarata, a cirurgia está na lista dos procedimentos com cobertura obrigatória para os planos. Contudo, em alguns casos, o plano cobre apenas uma porcentagem do valor, sendo necessário tirar do próprio bolso o que o plano não cobre. Nesses casos, é comum que o plano cubra apenas a aplicação, ou seja, o procedimento em si. Dessa forma, de acordo com o plano, é preciso pagar pelos outros gastos, como o valor da lente, por exemplo. Além disso, é preciso apresentar indicação médica feita por um oftalmologista conveniado. Ainda sim, é recomendável checar as particularidades de cada plano para confirmar a cobertura do convênio.
15 dias é o tempo indicado para que o paciente se recupere completamente. Neste período é preciso evitar esforços e atividades de impacto na rotina. A cirurgia é relativamente simples e dura cerca de 30 minutos em cada olho.
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