Entrópio é a inversão da margem palpebral. Ao invés de se fechar completamente por fora do globo ocular, a pálpebra se dobra para dentro. Dessa maneira, os cílios entram em contato com o globo ocular, o que pode causar uma série de problemas e complicações, além de desconforto.
Quando as pálpebras não se fecham completamente, o olho perde em capacidade de se umidificar e na proteção conta danos externos.
O entrópio pode ocorrer em um olho ou nos dois olhos e, embora seja mais frequente na pálpebra inferior, pode ocorrer também na superior. Quando o problema afeta os dois olhos, chamamos de entrópio bilateral.
Também chamado de entrópio palpebral ou entrópio ocular, no Código Internacional de Doenças o entrópio aparece como CID 10 - H02.0. Seu nome vem de “entropia”: um conceito da área de termodinâmica da física que mede o grau de desordem das partículas de um sistema físico, ou seja, o grau de liberdade molecular de um sistema em relação à sua quantidade de configurações possíveis.
Algumas das causas mais comuns de entrópio incluem:
O entrópio pode ser congênito, adquirido ou cicatricial. O entrópio congênito é mais raro, é aquele com o qual a pessoa nasce (genética).
Na maior parte das vezes, ele não produz alterações corneanas, nem gera sintomas, mas desde o primeiro ano de vida a criança deve ser acompanhada por um especialista. A tendência é de uma melhora progressiva e de forma espontânea.
A manifestação mais comum do entrópio é a adquirida. Afeta quase que na totalidade dos casos a pálpebra inferior, e ocorre por mudanças relacionadas ao envelhecimento: com o passar dos anos, a pele ao redor das pálpebras fica mais frouxa e os músculos sob os olhos enfraquecem, o que facilita o entrópio.
Já a forma cicatricial resulta de um trauma, um procedimento ou uma inflamação da conjuntiva que gera alteração na curvatura natural da pálpebra. Cirurgias, conjuntivites cicatriciais, tracoma, queimaduras químicas, síndrome de Stevens-Johnson e penfigóide podem causar uma retração da lamela posterior da pálpebra.
Alguns dos principais sintomas de entrópio são:
A irritação ocular é frequente, em decorrência do atrito da margem palpebral e dos cílios contra o globo ocular. Isso pode causar baixa de visão se houver lesão na córnea e, em casos mais severos, pode levar a graves complicações, como úlcera da córnea e talvez até perda de visão.
O diagnóstico se dá meio por meio de um exame realizado em consulta ao médico oftalmologista. O profissional faz uma avaliação dos olhos e das pálpebras.
Caso o paciente sinta dor nos olhos em decorrência da contração das pálpebras, o médico poderá administrar ou analgésico tópico ou até mesmo recorrer a uma anestesia do rosto para que ele possa fazer uma observação mais acurada dos olhos do paciente.
Caso seja entrópio congênito, o acompanhamento médico deve ser feito desde o nascimento da criança.
Há diferentes tipos de tratamento para o entrópio, alguns mais adequados do que outros para cada um dos tipos de caso, dependendo da gravidade. Algumas opções de tratamento incluem:
O tratamento clínico, por exemplo, minimiza o atrito da pálpebra e dos cílios contra o globo ocular por meio da utilização de colírios, gel e lentes de contato terapêuticas.
O tratamento mais eficaz é a cirurgia, para alcançar o reposicionamento da pálpebra, levando-a de volta à posição normal. Cada caso vai pedir uma técnica cirúrgica diferente – e a cirurgia pode e costuma ser associada a medidas clínicas para o melhor resultado possível.
O entrópio adquirido, causado por envelhecimento, pode ser minimizado pela utilização da toxina botulínica, que paralisa o músculo orbicular. A má notícia é que esse tratamento tem eficácia por apenas 4 meses.
Como outros recursos paliativos e temporários, pode-se realizar a epilação dos cílios – uma retirada daqueles que estão causando desconforto – ou a fixação de fitas adesivas na região dos olhos que puxem, confortavelmente, é claro, a margem palpebral para baixo.
É uma cirurgia oftalmológica realizada para corrigir o entrópio, ou seja, a inversão da margem palpebral. A finalidade é estética e restauradora, e pode ser feita reposicionando a pálpebra ao levá-la de volta à posição normal, ou cortando e removendo os excessos de pele na região ao redor do olhos.
É possível minimizar o incômodo com lubrificantes em colírios e gel ou lentes de contato terapêuticas, mas a cirurgia é o único tratamento definitivo. O melhor tratamento costuma ser associar medidas clínicas com procedimento cirúrgico.
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