Retinopatia diabética (RD) é o nome de uma lesão que afeta os pequenos vasos da retina. É uma doença ocular associada à diabetes e a principal causa de cegueira em adultos de 20 a 74 anos. Seu surgimento e evolução podem ser prevenidos pelo controle adequado dos níveis de glicose no sangue.
A retina é uma estrutura fundamental para a visão, pois é uma estrutura transparente e sensível à luz, localizada na parte posterior do olho, responsável justamente pela formação das imagens que são enviadas ao cérebro.
Estudos indicam que a pessoa diabética tem um risco 25 vezes maior do que a pessoa não diabética de perder a visão, e que que 75% dos portadores de diabetes vivem algum estágio da Retinopatia diabética.
Na maior parte das vezes, a retinopatia diabética atinge os dois olhos, mas pode demorar a ser notada porque em geral na fase inicial não há sintomas visuais claros. Por isso, a regularidade dos exames oftalmológicos é importante na detecção de complicações oculares decorrentes do diabetes.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido, com controle da doença. Sem diagnóstico e sem tratamento precoce, há chances da retinopatia diabética levar o paciente à cegueira. Na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o código da retinopatia diabética é H36. 0.
Há dois tipos de retinopatia diabética: a retinopatia diabética proliferativa e a não proliferativa. Elas diferem conforme sua localização, extensão e grau, entre outras características clínicas observadas pelo médico oftalmologista durante o diagnóstico.
A principal causa do aparecimento da retinopatia diabética é o diabetes, mais precisamente seu tempo de duração e o descontrole da glicemia. Se o diabetes não vem sendo observado e controlado, com o tempo a hiperglicemia desencadeia alterações que afetam o funcionamento dos vasos da retina.
Entre diversos órgãos afetados pelo diabetes, o olho é um dos principais, e de todas as complicações oculares e microvasculares decorrentes disso, a RD é a mais comum do diabetes. Uma contínua e duradoura alta taxa de glicose no sangue leva a certa debilidade das paredes dos vasos sanguíneos, inclusive os da retina, que se tornam mais vulneráveis.
Pessoas com diabetes e pressão alta apresentam risco ainda mais alto de desenvolver a retinopatia diabética, devido ao fato de que as duas doenças provocam lesões na retina. Lesões nesses vasos provocam, então, os derrames de sangue e fluido na própria retina. Por isso, é importante controlar os níveis de glicose no sangue e a pressão arterial.
Em geral, a retinopatia aparece por volta de 5 anos depois do paciente apresentar diabeties tipo 1. Outro estado que pode levar a uma piora da retinopatia é a gravidez.
A retinopatia diabética pode demorar para dar sinais, mas quando aparecem, o paciente costuma sentir os seguintes sintomas do problema ocular (em diferentes estágios, do moderado até o avançado da doença):
Esses são sinais que o próprio paciente pode comunicar ao médico oftalmologista. Mas há também os sintomas causadores desses sinais, sintomas esses que serão observados apenas com testes e exames realizados pelo médico oftalmologista especialista em retina:
O diagnóstico da retinopatia diabética se dá por meio de um exame da retina chamado fundoscopia realizado com o oftalmoscópio. No exame, o paciente terá a pupila dilatada por meio de colírios específicos e uma luz é projetada no olho, permitindo que o médico observe as estruturas da retina.
Em seguida, o médico conduz uma angiografia com fluoresceína, por meio da qual são feitas fotos coloridas da retina, fotos que captam a reação a essa substância. O resultado ajuda a compreender o local exato do derrame, assim como as áreas de nova formação vasos e as áreas de pouco fluxo sanguíneo.
Esse exame permite também que o médico oftalmologista determine a extensão da retinopatia e defina um plano de tratamento da retinopatia diabética.
Outro exame importante é a tomografia de coerência óptica (TCO), que, sendo outro tipo de exame por imagens, ajuda a avaliar a gravidade do edema macular, caso esse exista, e a resposta do paciente ao tratamento.
Não há cura para a retinopatia diabética. Os tratamentos conhecidos podem reduzir alguns dos sintomas bem como retardar a evolução da perda de visão.
Mas a falta de tratamento certamente facilita a chegada da cegueira.
Para tentar evitar a retinopatia diabética, o melhor caminho é controlar a glicose e manter a pressão arterial em níveis normais. Isso, é claro, deve ser feito também por quem já apresenta a doença.
Todo tratamento de retinopatia diabética tem como objetivo controlar glicemia e pressão arterial. Isso pode ser tentado por meio de dieta, por meio do uso de pílulas hipoglicemiantes e também por insulina ou remédio anti-inflamatórios, como a Dexametasona, que ajuda a reduzir o inchaço na retina e, assim, pode melhorar a visão.
Outra possibilidade é a Fotocoagulação, tratamento que usa uma luz a laser aplicada na olho, para que ela seja absorvida pelos pigmentos no fundo de olho e assim contribua para uma estabilização da retinopatia diabética.
Últimas opções são as injeções de medicações no vítreo, para combater hemorragias e edemas, e as cirurgias, como a Vitrectomia, recomendada quando acontece o Deslocamento Tradicional da Retina, a Hemorragia Vítrea e determinados casos de Edema de Mácula Diabético com tração vítrea. É uma cirurgia segura e que leva no máximo 20 minutos.
Não há tratamento para reverter a retinopatia diabética no sentido de eliminar a doença do corpo do paciente. O que existe são tratamentos específicos com laser, medicamentos injetáveis, colírios e procedimentos cirúrgicos no sentido de controlá-la, mas não há como revertê-la.
Os sinais mais precoces são aqueles relativos à qualidade da visão, como visão turva ou embaçamento da visão. Esses sinais decorrem da isquemia na retina ou da formação de novos vasos na retina.
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