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Retinopatia Hipertensiva

A retinopatia hipertensiva (RH) é a lesão causada aos vasos sanguíneos da retina de pacientes com hipertensão arterial crônica. Ou seja, a pressão arterial chega a afetar a circulação dos vasos da retina, resultando em hemorragias.

Na Classificação Internacional de Doenças, a retinopatia corresponde ao código CID-10.

  • Retinopatia hipertensiva grau 2: o estreitamento do calibre arteriolar fica mais evidente e o paciente começa a experimentar irregularidades focais.
  • Retinopatia hipertensiva grau 3: além do estreitamento, observam-se hemorragias e isquemias na retina. Podem aparecer exsudatos moles (as chamadas “manchas de algodão”) e exsudatos duros (derrame e acumulação de resíduos lipídicos) nos olhos.
  • Retinopatia hipertensiva grau 1: ocorre estreitamento arteriolar mínimo. Isso significa que há uma diminuição no calibre das colunas de sangue que atravessam as pequenas artérias da retina
  • Retinopatia hipertensiva grau 4: Estreitamento arterial permanente e eventual edema do disco óptico (edema da papila/ papiledema). Esse tipo de edema pode acarretar outras condições, como descolamento de retina e glaucoma. Pode haver, ainda, a formação de um anel de exsudatos em torno da retina, conhecido como "estrela macular".

Os graus 3 e 4 já se enquadram naquilo que é considerado retinopatia grave (que inclui esclerose vascular, exsudatos algodonosos, estreitamento arteriolar, hemorragia e papiledema).

O principal fator de risco para a retinopatia hipertensiva é a hipertensão arterial sistêmica (pressão alta). Por isso, fatores de risco relacionados às doenças cardiovasculares também se aplicam à RH. Dentre eles, estão a diabetes, a obesidade e a leptina alta – esta última associada à severidade da RH.

Na maioria dos quadros de retinopatia hipertensiva leve/moderada, o paciente ainda não costuma apresentar sintomas.  Conforme a doença se agrava, vários sinais e sintomas vão surgindo, sendo os mais frequentes:

  • diminuição progressiva da acuidade visual (enxergar pior)
  • dores de cabeça
  • visão embaçada (geralmente nos dois olhos)
  • fotofobia (sensibilidade à luz)
  • manchas que flutuam na visão (defeitos no campo visual)

Geralmente, a doença é detectada e avaliada em exames de fundo de olho, em que o oftalmologista observará as características da vascularização da retina. A gravidade da lesão e o estágio da doença geralmente são referidos com base na classificação de Keith-Wagener-Barker, que discrimina ou graus da retinopatia hipertensiva (de 0 a 4).

O tratamento da retinopatia hipertensiva se dá, basicamente, por meio do controle da hipertensão arterial, de modo a impedir lesões irreversíveis. Controlam-se ainda outros fatores de risco, como diabetes e colesterol alto.

A reversão da pressão alta nos pacientes com retinopatia hipertensiva é fundamental porque eles também apresentam risco aumentado para doença arterial coronária e acidente vascular cerebral.

Adotar hábitos de vida saudáveis, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e fazer visitas frequentes ao oftalmologista, portanto, são recomendações para evitar o desenvolvimento da doença.

Quando a mudança na dieta e nos hábitos não são o suficiente, medicamentos anti-hipertensivos podem vir a ser receitados pelo médico. 

Como se cura retinopatia hipertensiva?

A retinopatia hipertensiva não tem cura, porque não há como restaurar as lesões vasculares nas artérias e nos nervos da retina. Justamente por isso, a grande preocupação dos médicos é prevenir a doença ou diagnosticá-la precocemente, sempre controlando a hipertensão dos pacientes.

O que significa retinopatia hipertensiva grau 1?

É o estágio vaso-constritivo, em que o estreitamento das artérias da retina pode ser notado, mas ainda é pequeno.

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