Também chamado de retinografia fluorescente, o exame de angiografia fluoresceínica é um exame que ajuda a identificar problemas na retina, nervo óptico e coróide. O exame avalia o fluxo dos vasos da retina através de fotografias do fundo do olho, capturadas por uma máquina digital.
É um exame extremamente necessário para uma detalhada avaliação da retina, seja para diagnóstico, acompanhamento ou tratamento de entidades retinianas, como a retinopatia diabética e a degeneração retinianas. O exame também ajuda a diagnosticar doenças que acometem o fundo do olho (a própria retina, o nervo óptico e a coróide). Por meio da angiografia, podemos determinar, por exemplo, se o olho do paciente necessita de um tratamento com laser.
Realizado pelo médico oftalmologista, o exame começa com a dilatação da pupila do paciente aplicando alguns colírios. Na sequência, a fluoresceína de sódio, um corante, é injetada na veia do braço do paciente. O contraste então chega aos vasos sanguíneos da retina, tornando-os “fluorescentes” quando vistos pelo angiógrafo.
Ao preencher os vasos sanguíneos da retina, o corante contido no contraste é registrado ou como cinza claro ou como branco na imagem capturada por uma câmera especial. Essas fotos produzem uma espécie de mapa do olho, auxiliando o oftalmologista a reconhecer quaisquer problemas existem ou onde concentrar o possível tratamento.
O resultado de uma angiofluoresceinografia é considerado anormal se o oftalmologista identificar, nas imagens, áreas que exibem hipofluorescência (escuridão) ou hiperfluorescência (brilho).
O exame é indolor e sua parte prática leva entre 10 e 20 minutos, com tempo de espera de aproximadamente 1 hora e meia no consultório. O uso de lentes de contato deve ser suspenso no dia do exame. É recomendável uma alimentação leve nas horas anteriores ao exame, para evitar náuseas causadas pelo contraste.
Após o procedimento, os efeitos do colírio dilatador podem durar algumas horas e causar visão embaçada e sensibilidade à luz. É recomendado que o paciente leve óculos de sol e que ele esteja acompanhado de outra pessoa. O paciente não pode dirigir logo depois do exame, pois com as pupilas dilatadas a visão tende a ficar turva.
O exame é recomendado para encontrar e diagnosticar diversas doenças oculares, como, por exemplo:
Podem ocorrer efeitos colaterais durante o exame, embora eles aconteçam em uma minoria de casos. Algumas pessoas, por exemplo, sentem uma leve náusea durante o procedimento, que costuma durar alguns segundos.
Caso o contraste vaze da veia periférica durante a injeção, pode ocorrer queimação localizada e coloração amarela da pele nesse local.
Outros possíveis efeitos colaterais são:
As reações alérgicas ao corante são raras, porém, se ocorrerem, podem causar erupção cutânea e coceira e pode ser tratada com anti-histamínicos.
Em relação a diagnósticos, a angiografia costuma ser solicitada nos casos em que os outros exames menos invasivos não foram suficientes para a elucidação diagnóstica.
Já para acompanhamento, a angiofluoresceinografia é indicada para os casos de pacientes com retinopatia diabética, alterações na retina por hipertensão arterial, alterações da mácula (DMRI), tumores oculares e trombose.
O equipamento utilizado no exame de Angiografia Fluoresceínica é o Retinógrafo VISUCAM 500 Zeiss, que combina características que incluem autofluerescência de fundo, avaliação da densidade ótica do pigmento macular e gerenciamento de imagem estéreo.
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