Pupilas dilatadas: quando é grave? Veja as principais causas

Normalmente, as pupilas dilatadas não representam algo grave. No entanto, é preciso estar atento a algumas situações. Quando a dilatação ocorre, as pupilas ficam com o tamanho maior do que o normal, sendo algo facilmente perceptível. O tamanho considerado como normal deve ser de 2,0 a 4,0 milímetros, quando expostas a um ponto luminoso de maior intensidade. No escuro, o tamanho varia de 4,0 a 8,0 mm.

Existem diversos outros motivos que levam as pupilas a se dilatarem e alguns podem indicar de fato algo mais grave. Continue acompanhando a leitura e saiba tudo sobre o assunto!

 

O que é pupila dilatada (Midríase)?

A pupila dilatada é causada por diversos motivos: estresse, medo, dor. No entanto, normalmente, a pupila dilata quando é exposta a algum estímulo luminoso. No entanto, há casos em que ela continua vive dilatada, com mais de 4mm. Ela pode afetar ambos os olhos ou apenas um, nesse caso é possível notar essa desigualdade de tamanho, principalmente em ambientes pouco iluminados. Essa condição é conhecida como pupila midriática e em alguns casos, requer atenção especial.

 

Por que a pupila dilata e o que significa quando as pupilas dilatam?

A pupila dilata porque é preciso que ela filtre a quantidade de luz que nossos olhos recebem, é isso que nos ajuda a enxergar nas mais diversas condições de luminosidade.

As pupilas são controladas por músculos localizados na íris, que naturalmente interagem conforme as mudanças na incidência de luz.

Quando expostas a um ponto com maior intensidade de luz, as pupilas contraem, ficando menores, como uma proteção para os olhos contra os excessos de luz. Em ambientes com pouca incidência luminosa, as pupilas dilatam, ficando maiores, permitindo maior entrada de luz.

Porém, quando o aspecto da pupila está maior que o normal, mas sem reação à luz, é chamada de pupila dilatada “fixa”, que pode significar algo mais preocupante, ocasionada por algo não natural.

Ou seja, a função da pupila é responder à luminosidade do ambiente. Mas afinal, por que o olho perde a capacidade de reagir isso? O que causa a midríase?

 

O que causa a dilatação das pupilas?

São vários os fatores que podem levar à midríase (pupila dilatada), iremos explicar melhor sobre as principais causas.

As causas estão relacionadas, na maior parte das vezes, com o bloqueio do nervo que estimula o esfíncter da pupila. No entanto, danos cerebrais também podem resultar no mesmo problema.

Existem diversas causas que podem deixar as pupilas dilatadas. Mas as principais causas são:

  1. Uso de drogas
  2. Medicamentos
  3. Colírios oftalmológicos
  4. Lesão ocular
  5. Baixa oxigenação no cérebro
  6. Doenças neurológicas
  7. Pupila de Adie
  8. Midríase unilateral benigna episódica
  9. Aniridia Congênita

 

1. Uso de drogas

A ingestão de álcool e o uso da maconha reduz a capacidade dos olhos de se recuperar da incidência de uma fonte de luz intensa e de se adaptar a mudanças de iluminação, podendo durar mais de duas horas após a ingestão da droga.

Porém, elas não dilatam as pupilas, diferentemente de outras drogas que além de causar a dilatação das pupilas, também retardam a reação dos olhos a luz, como:

  • LSD;
  • Ecstasy;
  • Cocaína;
  • Anfetamina.

 

2. Medicamentos

Remédios como descongestionantes, antidepressivos tricíclicos e remédios para enjoo podem causar dilatação das pupilas quando usados.

Veja abaixo alguns medicamentos que podem afetar a reação dos olhos à luz:

  • Atropina;
  • Anticonvulsivos;
  • Anti-histamínicos;
  • Descongestionantes;
  • Antidepressivos tricíclicos;
  • Medicamentos contra náuseas;
  • Medicamentos para enjoo por movimento;
  • Medicamentos para doença de Parkinson;
  • Botox e outros medicamentos contendo toxina botulínica.

 

3. Colírios oftalmológicos

Existem diversos colírios oftalmológicos em que é preciso dilatar a pupila, propositalmente. Esse procedimento é utilizado para a realização de cirurgias e exames oftalmológicos. É uma medida muito importante para que os procedimentos sejam realizados corretamente, pois com a pupila dilatada os médicos tem mais facilidade para visualizar as estruturas internas do olho.

 

4. Lesão ocular

Outra razão que pode causar o dilatamento da pupila é nos casos em que ocorre uma lesão grave nos olhos, como alguma penetração, podendo danificar sua íris e tornar o formato dos olhos irregular.

Os olhos estão diretamente conectados a atividade cerebral, por meio do nervo óptico. Então qualquer tipo de lesão ou dano nessa área, pode causar a midríase. Quando há alguma intercorrência nesse sentido, as pupilas costumam dar a primeira evidência de que algo está errado.

E claro, não podemos deixar de mencionar as lesões no globo ocular, que também pode causar a condição.

 

5. Baixa oxigenação no cérebro

A falta de oxigenação no cérebro é outro fator que está diretamente relacionado à midríase. Como dissemos, qualquer inconstância na atividade cerebral será refletida nas pupilas.

Por isso, quando alguém passa por uma situação de afogamento ou falta de ar, as pupilas ficam dilatadas.

 

6. Doenças neurológicas

Doenças neurológicas como derrame, tumor cerebral ou até uma lesão na cabeça, podem afetar a reação das suas pupilas à luz, causando seu dilatamento. Nessa situação, os dois olhos podem ser afetados.

 

7. Pupila de Adie

Conhecida também como pupila tônica, é um distúrbio neurológico em que uma pupila se torna maior do que o normal e tem seu tempo de reação à luz comprometido, podendo parar de contrair totalmente. Neste caso, pode ainda haver uma perda dos reflexos e de tendões, caracterizando a chamada síndrome de Adie.

A pupila de Adie pode ser causada por trauma, cirurgia, baixa circulação sanguínea ou infecção, não havendo cura.

 

8. Midríase unilateral benigna episódica

Trata-se de um problema raro, porém inofensivo, onde a pupila fica dilatada de forma repentina e frequentemente, causando visão turva, dor de cabeça e dor nos olhos.

Mas costuma passar após algumas horas. A duração média desse episódio é de cerca de 12 horas, com uma frequência média de duas a três vezes ao mês.

Existem casos de midríase fixa ou paralítica, onde as pupilas não reagem aos estímulos, permanecendo dilatadas. Os dois olhos podem ser afetados, caracterizando um midríase bilateral, ou apenas um, conhecida como midríase unilateral.

 

9. Aniridia congênita

Doença rara, onde a pessoa nasce com a ausência parcial ou total da íris, ocasionando a pupila dilatada.

A aniridia comumente afeta os dois olhos e pode acarretar em diversos problemas oculares de maior gravidade, como catarata congênita, glaucoma, nistagmo, mau-desenvolvimento da retina e nervo óptico, e perda de percepção visual.

Isso acontece pela ausência da íris e consequentemente de suas funções, como a regulagem da incidência de luz nos olhos, tornando essas pessoas mais sensíveis a pontos mínimos de iluminação.

 

Quando pode ser sinal de algo grave?

A pupila dilatada pode indicar um problema grave quando não há reação a estímulos nela, permanecendo dilatada, caracterizando uma midríase paralítica, podendo afetar até os dois olhos.

No caso da pupila não voltar ao normal após algumas horas, é de extrema importância procurar uma ajuda médica, pois pode sinalizar tumor, aneurisma ou até traumatismo craniano.

 

O que fazer quando a pupila está dilatada?

É crucial que, ao perceber as pupilas dilatadas após um trauma na cabeça, você busque um acompanhamento médico.

Dentre os diversos sintomas, se atente e procure um médico no surgimento de tontura repentina, dor de cabeça, confusão, desequilíbrio e demais sintomas que podem apontar para um possível derrame.

Além do acompanhamento médico, se você possui pupilas dilatadas, é recomendado o uso de óculos com lentes fotocromáticas que escurecem gradualmente de acordo com a incidência de luz. Ou até mesmo óculos escuros com lentes polarizadas, que podem auxiliar no conforto em situação de luz intensa.

Para reduzir a fotofobia causada por pupilas dilatadas, é recomendado o uso de lentes de contato prostéticas. Elas normalizam a aparência das pupilas e são indicadas para casos de aniridia e as situações causadas por trauma.

O ideal é procurar um oftalmologista para uma avaliação clínica especializada e prescrição do tratamento específico, buscando compreender as reais causas do problema.

 

O que fazer para diminuir a pupila dilatada?

Normalmente, a pupila volta a funcionar normalmente após algumas horas. No entanto, caso a situação não se normalize com o passar do tempo, é necessário buscar por uma avaliação médica, para identificar o que pode ter ocorrido.

É possível que você esteja sofrendo com a pupila dilatada paralítica, nesse caso, o quadro pode demorar dias para se normalizar.

Por isso, é muito importante procurar um especialista, pois ele irá indicar o tratamento adequado. Há casos em que essa condição pode indicar casos graves de saúde, por esse motivo a visita ao médico é indispensável para compreender melhor o seu quadro.

 

Possíveis complicações da pupila dilatada

Para algumas pessoas, a pupila dilatada pode parecer algo relativamente simples, mas nem sempre é.

Essa condição pode trazer complicações à saúde, como: convulsões, confusão mental, dificuldade para falar, dificuldade para enxergar, fraqueza, coma e paralisia.

Ou seja, essa é uma situação que requer muita atenção! Caso perceba que suas pupilas estão dilatadas, mesmo sem o uso de colírios específicos para isso, procure um médico imediatamente!

 

Principais dúvidas sobre pupila dilatada

 

É necessário dilatar a pupila para exame de vista?

Sim, em alguns casos o colírio que dilata as pupilas não só são necessários como também indispensáveis. Quando a pupila está dilatada, os médicos conseguem ver melhor o fundo do olho.

Isso porque sua atuação interfere diretamente na eficácia dos exames.

Além disso, os colírios utilizados também relaxam os músculos internos, o que evita que seja prescrito o grau errado.

No entanto, existem sim alguns casos em que os exames são realizados sem que seja preciso dilatar a pupila. Mas, cada caso é um caso e o médico irá definir isso com base em seus conhecimentos, para garantir que o resultado do exame seja confiável.

 

Cuidados após dilatar a pupila

Após a dilatação da pupila é normal que o paciente sinta um certo desconforto. A visão pode ficar embaçada e os olhos ficam mais sensíveis à luz. Para amenizar essa situação, o paciente pode utilizar óculos escuros, isso irá ajudar a reduzir o desconforto ocular.

Caso utilize lente de contato, elas só podem ser colocadas novamente, 15 minutos após o uso do colírio.

 

Qual colírio é utilizado para dilatar a pupila?

A fenilefrina é o composto ativo utilizado nos colírios que dilatam a pupila. Como nós dissemos, é utilizado para a realização de exames e também de cirurgias.

Na concentração de 10%, o colírio demora cerca de 20 minutos para agir e seu efeito pode demorar horas para passar.

 

Quanto tempo demora para passar o efeito do colírio?

O efeito do colírio pode demorar entre 3 e 24 horas. Tudo depende do colírio que foi utilizado, da concentração de fenilefrina e de qual procedimento será realizado.

Caso se note que o efeito está demorando muito para passar, o ideal é se manter hidratado e procurar o médico que realizou o procedimento para avaliar a situação.

 

É normal a pessoa ter a pupila dilatada?

Nem sempre a pupila dilatada deve ser um sinal de alerta. Há casos em que isso é completamente normal, pois como dissemos, até mesmo a luz pode interferir no tamanho de nossas pupilas.

Na verdade, até mesmo nosso emocional pode afetar as pupilas. Elas podem se dilatar em momentos de:

  • Concentração;
  • Excitação;
  • Interesse;
  • Dor;
  • Choque;
  • Medo.

No entanto, como nós mencionamos, é preciso cuidado, pois há casos em que ela deve ascender um sinal de alerta.

Mas, afinal, como separar quando é uma situação de perigo ou uma reação de suas emoções?

Nesse caso, o ideal é estar atento aos demais sintomas que podem acompanhar essa situação. Se houver outros sintomas como dor de cabeça e enjoo, este é um sinal de alerta e recomendamos que você procure um médico o quanto antes.

 

Quanto tempo leva para a pupila dilatada voltar ao normal?

Na maioria dos casos, a pupila volta ao seu tamanho normal e volta a funcionar perfeitamente após algumas horas. Em exames de rotina, o prazo para que a situação se normalize é menor, em no máximo 6 horas é provável que sua pupila já tenha voltado ao tamanho normal.

No entanto, em procedimentos mais complexos, quando são utilizados colírios com uma concentração maior, é provável que a situação demore mais para se normalizar.

Para entender se o seu quadro é normal ou não, o ideal é se informar com seu médico antecipadamente. Caso note algo fora do que foi explicado, procure-o novamente para que seu quadro seja avaliado.

 

Pode dirigir depois de dilatar a vista?

Não é indicado, de forma alguma, que a pessoa dirija. Afinal, quando a pupila está dilatada, ela fica mais sensível à luz. No trânsito, isso pode colocar o paciente e outras pessoas em situação de risco.

Por isso, o ideal é que a pessoa vá acompanhada realizar o exame, para ter alguém para dirigir no caminho de volta.

 

Como funciona o tratamento?

Como já abordado na introdução, o normal é que a pupila dilatada não sinalize algo grave, não havendo necessidade de tratamento. Na maioria dos casos, ela volta ao normal em um espaço curto de tempo.

Porém, quando a sua causa são os casos mais graves como alguns já citados aqui (uso de drogas ou doenças neurológicas), ressaltamos que é de suma importância procurar um acompanhamento de um profissional especialista, iniciando um tratamento específico o quanto antes.

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